Ela parou junto a ele. E nesse momento, o sangue que ainda restava na cabeça de Romeu foi juntar-se ao coração, à alma, à coragem e a qualquer sentimento de bravura que Romeu ainda tinha, e que agora se atafulhavam nos seus ténis. Por um momento, o tempo parou. Romeu viu tudo a preto e branco. Ela olhou para as gomas que Romeu acabara de comprar. Sorriu. Tirou uma. Vermelha. Romeu viu que a goma era vermelha. Mas tudo o resto era preto e branco. Ela saboreou a goma. Sorriu outra vez.
in «Romeu, o normal» de João Matos e Raquel Palermo
segunda-feira, maio 22, 2006
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